Respondendo comentários de Facebook
Como eu vejo a proposta
Pessoal, não deixem de participar da live, selecionei alguns comentários desta postagem e anteriores, seria legal se aparecerem lá, para documentar essa energia boa
Nota do autor.
eu reconheço que não sei tudo, por isso insistir com o Oscar, a pessoa fazendo o contato com o senado, de abrir as discussões, por isso venho insistido nas postagens. Gostaria de te pedir com grande respeito que leiam o livro, deu trabalho escrever. Desafio no livro que outros publiquem também os seus, ventilando as discussões. Esse é um tema que vai afetar a vida de muitos, e precisa ser ventilado, bem ventilado. Minha preocupação é que passe algo malfeito, e torne um peso na vida do pesquisador, em vez de ajudar. Somente reclamar e criticar não leva a nada.
O bom do "crítico de Facebook" é que não há necessidade de construir uma argumentação. Quando se argumenta, nos tornamos vulneráveis, mas aberto a pensamentos opostos. Eu valorizo pensamento oposto, somente não tenho paciência com pessoas que claramente não querem ter uma discussão saudável, como "eu sei algo que você não sabe. Ou vou falar de forma vaga, ou não vou falar" (pensamento de superioridade! sem argumentação).
Q&A pelo pessoal do senado
Nota. perguntas enviadas ao Oscar, nosso homem infiltrado, pesquisador infiltrado de político. Ele repassou para mim esses questionamentos por ser minha parte, minha contribuição.
"Hoje, o trabalho do pesquisador é fazer pesquisa e dar aula, o que prejudica a qualidade da pesquisa. Não há exclusividade. É importante essa mobilidade na iniciativa pública e privada. Uma das maiores contribuições para o desenvolvimento do Brasil seria desenvolvimento dessa carreira."
Esse raciocínio está bem explicado no livro O mercado da criatividade: Regulamentação da profissão de pesquisador acadêmico e científico no Brasil, escrito para explicar a proposta para o público, e criar discussões; o objetivo do ebook é trazer a discussão para o público geral. Vou resumir aqui.
A carreira de pesquisador, forte na Fiocruz e países Europeus, envolve principalmente pesquisar; ao passo que dar aula seria uma atividade de ensino, vejo como duas coisas deferentes como atividade principal. Por mais que Paulo Freire afirmou Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino, ele quis dizer, na minha opinião, como atividades complementares, não como profissão dupla; atualmente, no Brasil, os professores sofrem essa duplicidade de profissão, e pesquisadores formalmente não existem.
Atualmente, o Brasil possui 70% dos doutores em universidade, isso focaliza toda a pesquisa em iniciativa pública. Exclusividade, digamos em universidades públicas, faria com que o pesquisador tivesse como obrigação primária pesquisar, e dar aulas como complementar e opcional. A pesquisa em si já é demandante, em especial para competir com institutos internacional, onde os pesquisadores, em alguns casos, são exclusivos, ou possuem uma carreira quase totalmente focada em pesquisa.
De forma alguma isso elimina a profissão de professor, somente cria uma válvula de escape para pesquisadores que não gostaria de dar aulas, e existem muitos que gostaria somente de pesquisar, atualmente sobrecarregando os concursos por ser a única forma de doutores e mestres terem um emprego no Brasil. Pesquisa em si gera tecnologia e desenvolvimento social. Pesquisadores da Fiocruz, como exemplo, até onde sei, não são pesquisadores formalmente: a Fiocruz criou uma forma de criar essa profissão, internamente. Mas e se um pesquisador quiser ir para a inciativa privada? Isso seria um problema.
“É importante essa mobilidade na iniciativa pública e privada.”
Como destaco no Ebook, a mobilidade daria ao pesquisador a oportunidade de construir uma carreira, independente de onde estiver, seja na Fiocruz, seja no seu novo instituto de pesquisa, ou sua startup.
“Sobre o trecho acima, o que você defende exatamente: a possibilidade de o pesquisador também dar aula ou que ele fique exclusivamente dedicado à pesquisa, ao ofício de pesquisador, e não precise mais dar aula?”
Seria criar a possiblidade de somente fazer pesquisa, sem dar aulas; dando aulas como escolha, ou mesmo como treinamentos. Pesquisadores da Fiocruz já fazem isso, somente não existe uma profissão nacional, e em carteira, reconhecida.
Não sei se entraria em conflito com algo maior, como a profissão de professor em si, mas talvez deixar aberto a possibilidade de dar aula seria interessante também. Contudo, que seja bem separado as funcionalidades e a função primária como pesquisador, até mesmo para evitar abusos por instituições ao contratar, como o caso do trabalhador ter regras claras, como carga de horário máxima semanal. Deixar a cargo das empresas é sempre arriscado, prevalece o interesse econômico.
Modelo atual para a profissão do pesquisador vs. professor
Possível modelo para a profissão do pesquisador vs. professor
“Tem outra parte, dentro desse mesmo trecho citado, que não consegui compreender. É no ponto que você afirma “
"É importante essa mobilidade na iniciativa pública e privada".
Respondido anteriormente.
“ O que você quis dizer com essa frase? Essa mobilidade seria a possibilidade de o pesquisador também acumular seu ofício com a atuação como professor?”
Seria também uma opção interessante, mas seria outra proposta, porque pode esbarrar nas regras do concursados. Seria a mobilidade que já tem o professor. Um professor da UFMG pode mudar para UFRJ, sem mudar de profissão. E da Fiocruz? Como seria? Acho que teria de dar aula se for outra instituição.
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