Você já pensou em ser um pesquisador independente? Essa é uma opção de carreira que vem ganhando cada vez mais adeptos no mundo da ciência, especialmente em tempos de crise econômica e escassez de recursos para a pesquisa acadêmica. Essa opção pode ser uam saída para quem gosta de pesquisar, mas não se adapta bem ao mundo acadêmico, suas regras e mais.
Mas o que significa ser um pesquisador independente? Quais são os desafios, as vantagens e as desvantagens dessa escolha profissional?
Neste post, vamos tentar responder a essas perguntas e dar algumas dicas para quem quer seguir esse caminho.
O que é um pesquisador independente?
Um pesquisador independente é aquele que realiza pesquisa científica fora das instituições tradicionais, como universidades, centros de pesquisa ou empresas. Ele pode atuar em diversas áreas do conhecimento, desde as ciências naturais até as humanas e sociais, e desenvolver projetos próprios ou em colaboração com outros pesquisadores. Um pesquisador independente também pode buscar financiamento para suas pesquisas por meio de editais, bolsas, patrocínios ou crowdfunding, ou ainda usar recursos próprios ou de sua rede de contatos.
Quais são os desafios de ser um pesquisador independente?
Eu acredito que qualquer escolha que faça terá vantagens e desvantagens. Não consigo pensar em escolhas perfeitas.
Ser um pesquisador independente não é fácil. Alguns dos principais desafios são:
- A falta de reconhecimento e de apoio institucional. Muitas vezes, os pesquisadores independentes enfrentam dificuldades para publicar seus trabalhos em revistas científicas, participar de eventos acadêmicos, acessar laboratórios e equipamentos, obter credenciais e certificados, e integrar redes de colaboração científica. Não muito que podemos fazer nesse ponto, especialmente no Brasil onde a pesquisa se concentra nas universidades, que também possuem o monopólio dos recursos. Raramente o governo brasileiro financia pessoas, algo negativo.
- A falta de estabilidade e de segurança financeira. Os pesquisadores independentes não têm vínculo empregatício nem garantia de renda fixa. Eles dependem da captação de recursos para seus projetos, que podem ser escassos, instáveis ou burocráticos. Além disso, eles têm que arcar com os custos da pesquisa e da sua própria manutenção, como aluguel, transporte, alimentação, saúde e impostos. Para esse ponto, sugiro ter um pé de meia, ou herança.
- A falta de orientação e de feedback. Os pesquisadores independentes não têm um orientador ou um supervisor que possa orientá-los, avaliar seus resultados, dar sugestões e críticas construtivas, e reconhecer seus méritos. Eles têm que ser autodidatas, autocríticos e autoconfiantes, além de buscar o diálogo com outros pesquisadores da sua área ou de áreas afins. Para esse ponto, sugiro fazer pelo menos um mestrado antes. Isso vai te dar um tempo para aprender com pesquisadores mais experientes.
Vantagens
Você já pensou em ser um pesquisador independente? Essa é uma opção de carreira que vem ganhando cada vez mais adeptos no mundo da ciência, especialmente em tempos de crise econômica e escassez de recursos para a pesquisa acadêmica. Mas o que significa ser um pesquisador independente? Quais são os desafios, as vantagens e as desvantagens dessa escolha profissional? Neste post, vamos tentar responder a essas perguntas e dar algumas dicas para quem quer seguir esse caminho.
Quais são as vantagens de ser um pesquisador independente?
Apesar dos desafios, ser um pesquisador independente também pode trazer muitas vantagens, tais como:
- A liberdade e a autonomia [preferida minha]. Os pesquisadores independentes têm mais liberdade para escolher seus temas de pesquisa, seus métodos, seus parceiros e seus prazos. Eles não estão sujeitos às regras, às normas e às pressões das instituições tradicionais, nem às limitações impostas pelos financiadores ou pelos editores. Eles podem seguir sua curiosidade, sua criatividade e sua paixão pela ciência.
- A flexibilidade e a diversidade. Os pesquisadores independentes têm mais flexibilidade para adaptar-se às mudanças do cenário científico, às demandas da sociedade e às oportunidades que surgem. Eles podem explorar diferentes áreas do conhecimento, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, e abordar problemas complexos e relevantes. Eles também podem diversificar suas fontes de renda, atuando como consultores, professores, palestrantes, escritores ou empreendedores.
- A inovação e a originalidade. Os pesquisadores independentes têm mais espaço para inovar e produzir conhecimento original e de qualidade. Eles podem questionar o status quo, propor novas hipóteses, testar novas soluções e gerar novos impactos. Eles podem contribuir para o avanço da ciência e para o bem-estar da humanidade.
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