"Fazer pesquisa e não ganhar nada" Kawoana Vianna bem-vinda ao mundo da pesquisa, pelo menos ao que realmente muda alguma coisa nesse planeta; será se Einstein foi pago o suficiente em vida? Reconhecimento e ciência geralmente não andam de mãos-dada.
Boa pesquisa não sabe onde vai chegar
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Eu sempre repito isso aos meus alunos, os que atendo online atravez da plataforma superprof. Antes que algum apressadinho me ataque: existe uma diferença entre não saber onde chegar no contexto da pesquisa e no contexto de "Vida, leva eu! (Deixa a vida me levar)".
No contexto da ciência, seria pesquisa com a mente aberta para mudar trajetória.
Einstein dizia:
Não conseguimos resolver um problema com base no mesmo raciocínio usado para criá-lo.
Também disse ao responder seu assistente:
A pergunta é a mesma, mas a resposta mudou
O que burocratas nos obriga a fazer é fechar a resposta a perguntas, mesmo sabendo que respostas não movem pesquisa. Não há nada de errado em definir digamos o caminho inicial, mas devemos ficar atento que o processo de pesquisar em si cria novas formas de pensar. No caso de um doutorado, em teoria, o doutorando aprende durante a caminhada. Fechar a pesquisa seria fechar as portas para novos crescimentos, novas perguntas, novos conhecimentos. Vivemos em um ambiente onde quando se fala que "errei", minha pesquisa estava errada, significa que você é ignorante e estar perdido, como ouvi no contexto do postdoc duas vezes; todos nos estamos perdidos, alguns admitem, outros não.
Talvez devido ao Publish or Perish - sistema focado em publicação em massa - estamos cada vez mais certos de onde vamos chegar: o que ao meu ver é um erro fatal para a criatividade.
Eu mesmo quando escrevo, gosto de mudar de opinião e de caminho. Como exemplo, tenho vários livros nunca terminados no meu computador: comecei, mas no meio do caminho, notei que faltava algo. Isso seria digamos pesquisa para escrita. Mas pesquisa para pesquisa mais pratica, funciona de forma similar. O processo criativo parece universal, incluindo artistas que jogam tinta no quadro para ver o que sai.
Eu sempre odiei cronogramas de projetos, raramente cumprimos eles, mas somos obrigados a enviar para as agências: o estudante que acompanho agora está com medo do que escrever, e concordo com ele, ninguém sabe o que escrever, a não ser que saiba as manhas de lidar com burocratas, que leva tempo para aprender.
Até quando vamos ser guiados por burocratas, que no melhor cenário um dia fez doutorado?
Meu medo é pegar um burocrata que vai ficar comparando, e isso pode ocorrer em momentos de escacez de recursos, onde as coisas mais bizarras começam a acontencer.
A boa pesquisa não sabe onde vai chegar, se souber, não é pesquisa.
Estou com um aluno de empresa, doutorado profissional, e sempre falo com ele: empresas sabem o que vão fazer, pesquisa não.
O pesquisador que começa sua pesquisa certo do que vai fazer, para mim começou errado.
Uma vez tomei uma surra online no xadrez. A pessoa me perguntou, posso te dar algumas dicas? pensei, claro, depois dessa surra sou seu aluno! Uma coisa que ele me disse, que seu avó disse a ele: nunca fique preso aos planos, eu sempre ficava, e ainda fico, mas agora menos; pesquisa ainda é pior do que xadrez, xadrez é jogo de padrão. Seria como jogar fotebal focado em driples ensaiados, que é meu caso. Qualquer contratempo vai derrubar tudo.
Ciência vai além do método científico
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Apesar de concordar, e pensar assim, no nosso ebook apresenta pontos diferentes.
Por que concordo?
Vale observar que o método da apresentadora seria somente um método científicos, existem outros, outras formas de ver o método científico. Falo mais no nosso ebook.
Curiosiodade como forma de escolher pesquisadores
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Acho fenomenal isso. Ao lado de motivação, classificada por alguns como inteligência emocional, curiosidade pode ser crucial na vida de uma pesquisador criativo e à moda antiga; não as lebres disfarçados de coelhos.
Acredito que nossos pesquisadores perderam a criatividade; no ebook, Mercado de Criatividade, falo que muitos dos trabalhos atuais dos pesquisadores vão ser automatizados: como exemplo. já existem robôs que respondem perguntas e escrevem artigos científicos, e foi aceito! Seria como o fotebal masculino comparado com o feminimo: o fotebal masculino virou briga de luta-livre, força bruta. Cadê Pelé? ainda termos Marta!
Note que essa forma de ver o método científico não é a única, ver nosso ebook para mais detalhes. Contudo, é uma forma bastante comum, que eu também uso e gosto.
Próxima postagem: a definir
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